“O homem que Amava Caixas” é um livro infantil, mas
confesso que quando fui ler para a minha irmã me apaixonei por ele. A história
é muito fofa, pena que é pequena, mas não poderia esperar outra coisa de um
livro infantil. Este tem 34 páginas, mas tem pouco texto em cada página, como
todos os livros infantis.
O autor desse livro, Stephen Michael King escreve
exclusivamente livros infantis. Stephen sofreu perda auditiva aos 8 anos, mas
aos 13 ganhou um aparelho auditivo. Quando ele saiu da escola, quis encontrar a
criança dentro dele novamente, e então começou a desenhar e escrever. Vive
atualmente na costa leste da Austrália, em uma ilha, com sua esposa, seus dois
filhos e alguns animais. Além de escrever livros, Stephen também os ilustra, e
faz de seus livros verdadeiras obras de arte. Ele escreveu muitos livros de
sucesso, como “Vira-Lata, “Você”, “Nunca, Jamais, em Tempo Algum” e “Pedro e
Tina”.
O livro “O homem que Amava Caixas” foi o primeiro escrito
por Stephen, e recebeu o prêmio Family Award for
Children’s Books em 1996. Em sua versão brasileira, foi publicado pela editora
Brinque•Book. Este é um livro muito especial, Stephen se inspirou na sua vida
para escrevê-lo. “A história é sobre meu pai e eu, quando era criança e fiquei
surdo. Eu tive vários problemas sociais, e minha relação com meu pai tinha
acabado. Nossa comunicação era difícil em vários níveis. Naquele momento eu não
percebi, só mais tarde, que ele estava se comunicando de outras maneiras,
fazendo pequenas coisas para mim. Realmente, foi com trinta anos, olhando para
trás, que eu percebi isso. Escrevi a história e fiz do pai um pai, e do menino
uma jovem criança” disse Stephen.
O livro conta a história de um pai que amava caixas,
grandes, pequenas, redondas, altas... De todos os tipos. O problema é que esse
pai não sabia como demonstrar o amor pelo seu filho, até que um dia teve a
ideia de construir várias coisas para seu filho com as caixas. Construía castelos
e aviões que sempre voavam (a não ser, claro, que chovesse). Era só os amigos
aparecerem que as caixas apareciam também, e todos brincavam muito. Todos riam
desse pai, achavam que ele era maluco, mas ele nem ligava, pois havia
encontrado uma forma especial de compartilhar o amor com seu filho.
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